7 desastres naturais que resultaram em guerras terríveis
As guerras, assim como os desastres naturais, são responsáveis por um grande número de mortes e acabam ficando marcadas na história por isso. Agora, se ambos separadamente já são um problema para o planeta e para a humanidade em si, imagina se ambas colidirem em um mesmo período? E, por mais que esperemos que as pessoas depois de uma catástrofe consigam se juntar para um bem comum, não é bem isso que acontece.
Depois de um desastre natural, é normal que as consequências advindas desse fenômeno acabem gerando um conflito ainda mais catastrófico. E o motivo para isso pode ser mais obvio do que se imagina. Apesar de não ser o único ponto contribuinte, em situações extremas como a seca - que provoca a escassez de água e alimentos, as pessoas acabam se tornando mais propensas a entrar em conflitos.
Afinal, tendemos a resguardar o máximo de recursos possíveis para manter vivos aqueles que amamos e nós mesmos. O fato já foi comprovado pela ciência, depois de uma longa análise de casos e, juntamente com ele, os pesquisadores enfatizaram que locais já divididos etnicamente e socialmente estão ainda mais propensos a isso. E, para que você possa entender um pouco mais sobre como isso funciona, reunimos alguns dos maiores conflitos, ocasionados por desastres naturais, já vistos na história.
1 - Erupção na ilha de Thera
Este evento representa um dos relatos mais antigos, conhecidos hoje, no qual um desastre natural acabou gerando um enorme conflito. E, de acordo com informações, tudo aconteceu na ilha de Thera em 1600 a.C. O local é conhecido, hoje, como Santorini e o desastre milenar aconteceu devido uma erupção vulcânica catastrófica, e outros eventos consecutivos. A explosão fez com que 24 milhas cúbicas de uma mistura de terra e rochas fossem atiradas pelos ares. Além disso, acreditasse que o terremoto causado por ele tenha culminado em um tsunami sobre o Mar Egeu.
Os dois desastres consecutivos fizeram com que a população do local, os minoicos, ficasse enfraquecida. O que acabou fazendo com que eles fossem atacados pelos micênicos - invasores da Grécia continental.
2 - Seca na Ásia Central (Parte I)
Os hunos, população nômade da Ásia Central, era majoritariamente rurais e, por isso, dependiam do seu rebanho para sobreviver. Isso significa que uma seca prolongada poderia colocar em risco a sobrevivência dos seus membros. E, por volta dos anos 350 e 450 d.C, foi exatamente isso que aconteceu. Uma seca acabou tomando conta da região, assim como as áreas próximas, os obrigando a imigrarem. O que, por sinal, acabou gerando enormes conflitos e resultou na queda de Roma.
Depois que começaram a sua imigração para o leste e sul da Europa, em 350 d.C, os hunos desencadearam algumas pequenas disputas com tribos germânicas e o Império Romano. Isso fez com que parte dos derrotados se tornassem vassalos do grupo, enquanto outros se abrigaram na fronteira do Império Romano. Mas, depois que os hunos atacaram o Império Romano e o Império Persa por volta de 395 d.C, ambos não puderam se proteger. A devastação continuou pela Europa e a migração germânica causada por eles culminou na queda de Roma.
3 - Ataque viking no mosteiro Lindisfarne
Apesar de ser rodeada por um certo grau de ficção, depois de analisada, é possível perceber mais claramente o que aconteceu no período. Alguns fenômenos naturais acabaram resultando em uma colheita ruim e, em seguida, um dos primeiros conflitos promovidos pelos vikings. Por volta de 792 d.C, a população de Nortúmbria se deparou com redemoinhos, tempestades de raios e o que eles chamaram de 'dragão de fogo' - relatos chineses do período fizeram com que os especialistas a associassem com chuvas de meteoro.
Os fenômenos fizeram com que, entre os anos 192 e 193 d.C, parte da Noruega sofresse com a colheita. E, em janeiro de 193 d.C, os vikings acabaram atacando o mosteiro de Lindisfarne.
4 - Seca na Ásia Central (Parte II)
As secas na Ásia Central, pelo que se pode ver, causaram diversos conflitos no decorrer da história. Desta vez, os mesmos fenômenos do passado fizeram com que os mongóis atacassem a China. A invasão foi orquestrada entre 1212 e 1213 d.C, por Genghis Khan. A grande mudança climática na Mongólia, e ao redor da Ásia, de 1175 a 1300 d.C, fez com que eles buscassem suprimentos na China.
Os mongóis pretendiam substituir os campos de trigo do local por pastos para seus cavalos mas, felizmente, um administrador chinês conseguiu fazê-los mudar de ideia. Caso isso não tivesse acontecido, provavelmente, muitos chineses teriam morrido. Mas, por incrível que pareça, algo bom acabou saindo de tudo isso. Depois de perceber as consequências dos desastres naturais, Genghis acabou promovendo a proteção ambiental. Proibindo a derrubada de árvores e a caça de animais durante o período de reprodução.
5 - Seca na África Austral
Depois que a plantação de milho foi implementada no sul da África, mesmo que eles não soubessem disso na época, acabou desencadeando uma retirada de minerais do solo. E, em 1800, uma seca prolongada acabou atingindo o local, fazendo com que eles deixassem de fornecer alimento, causando um conflito entre as tribos. Isso fez com que, entre 1815 e 1840, um período conhecido como Mfecane se instalasse. Um guerreiro Africano chamado Shaka Zulu acabou desencadeando diversas disputas em prol de seu povo. E, apesar de não se saber o número exato de mortos, acredita que ele esteja em torno de 2 milhões.
6 - Tufão em Haiphong
Aparentemente, um dos maiores tufões já registrados na história acabou influenciando no imperialismo europeu no sudeste da Ásia, fazendo com que o Vietnã fosse conquistado pelos franceses. Um tufão que se formou no Pacífico, no dia 8 de outubro de 1881, acabou atingindo Haiphong, no norte do Vietnã. O fenômeno teve proporções inimagináveis e os pegou de surpresa. Acreditasse que mais de 300 mil pessoas tenham morrido devido a catástrofe. Isso fez com que seu povo se encontrasse enfraquecido e, de 1882 a 1883, a cidade de Haiphong recebeu ataques dos franceses.
7 - Seca em Darfur
Os recursos escassos provocados pela seca, em 1980, fizeram com que um conflito entre as tribos se formasse. E, apesar dos conflitos terem se iniciado a muitos anos atrás, eles foram se intensificando com o tempo, devido as mudanças geográficas e a briga por territórios. Isso fez com que o conflito se transformasse em uma guerra civil e genocídio em 2002. Os africanos acabaram formando o Exército de Libertação do Sudão na tentativa de se defenderem do governo dominante árabe. O governo acabou encorajando os janjaweed (nômades locais) a formar milícias e isso fez com que muitas mortes acontecessem. As Nações Unidas acreditam que, até o momento, mais de 300 mil pessoas tenham morrido em Darfur.
Todos esses conflitos acabaram sendo influenciados, de alguma forma, por desastres naturais e, infelizmente, matando milhares de pessoas. É estranho imaginar como algo terrível pode acabar sendo seguido por ainda mais tragédias. Imaginavam que algo causado pela natureza poderia influenciar em guerras?
Fonte: fatosdesconhecidos
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