7 cientistas nazistas que acabaram sobrevivendo à Guerra
Um fato curioso sobre as várias guerras sangrentas que assolaram nosso mundo no passado, e que você pode não saber, é que nem todas as atrocidades cometidas naquele período ficaram no campo de batalha. Muitos cientistas acabaram se aproveitando das circunstâncias para dar vida às suas ideias, fazendo experimentos imorais e cruéis com fins "científicos". E, infelizmente, muitas delas acabaram se perdendo na história.
Isso fez com que muitos cientistas nazistas saíssem impunes de seus crimes, conseguindo até mesmo se estabelecer fora do país. O que se tornou possível depois que os militares americanos importaram dezenas de cientistas alemães para trabalhar na 'Operação Paperclip', depois que os Aliados venceram a Segunda Guerra Mundial. A iniciativa secreta fez com que vários deles tivessem uma nova oportunidade no país e contribuiu com inúmeros avanços relacionados a engrenharia e a medicina. Dentre eles está a produção do foguete Saturno V e a criação da NASA.
Esses são alguns dos cientistas nazistas que sobreviveram à Guerra e fizeram parte da 'Operação Paperclip'.
1 - Walter Schieber
A importância que Walter Schieber adquiriu para o Partido Nacional Socialista, durante a guerra, fez com que ele Hitler lhe concedesse a Cruz de Mérito de Guerra, em 1943. O que futuramente chamou a atenção dos americanos. Ele era responsável pela produção têxtil na pré-guerra e, quando a guerra acabou, suas relações atraíram o Brigadeiro do Corpo Químico do Exercito dos Estados Unidos, Charles Loucks.
Isso, atrelado com o seu conhecimento dos gases utilizados na Alemanha Nazista, fez com que ele trabalhasse na Chemical Corps durante 10 anos até que fosse transferido para a CIA. A sua utilidade para o governo americano fez com que Schieber ficasse isento das acusações por seus crimes de guerra.
2 - Hubertus Strughold
Hubertus Strughold foi um homem de grande importância para o desenvolvimento da Força Aérea dos Estados Unidos e para a assistência médica aplicada pela NASA, o que fez com que ele ficasse muito conhecido e até recebesse um prêmio com o seu nome. O prêmio que carregava o nome de Strughold foi distribuído anualmente pela Associação Médica Aeroespacial (AsMA). Até que boatos sobre o envolvimento de Hubertus em crimes de guerra nazistas começassem a aparecer, forçando a associação a tomar uma atitude.
Apesar das alegações feitas sobre ele, Hubertus negou seu conhecimento sobre os crimes de guerra nazistas durante muito tempo, até que ele foi sitado durante o julgamento de Nuremberg. Isso fez com que ele relacionado as atrocidades cometidas em Dachau, em 1942. Apesar da resistência de seus colegas, muitos passaram a acreditar que o conhecimento de Hubertus a respeito da resistência humana se devia ao seu envolvimento com experimentos humanos.
3 - Dr. Kurt Blome
Mais uma vez o exercito americano acabou interferindo em um julgamento para benefício próprio. Kurt Blome trabalhava oficialmente como chefe de pesquisa na área de câncer, para Hitler, mas essa não era sua única função. Ele também era responsável, secretamente, pela identificação das capacidades de uma guerra biológica. E, quando foi a julgamento pelos seus experimentos com seres humanos e a realização de eutanásia, acabou sendo liberado.
O interesse dos Estados Unidos pelo conhecimento das 'fraquezas biológicas humanas' fez com que eles se interessassem por Kurt. Eles tinham interesse em criar agentes nervosos letais e Kurt acabou sendo útil nisso. E, por isso, ele acabou vivendo o resto de sua vida na Alemanha Ocidental enquanto trabalhava em projetos secretos para o governo americano.
4 - Arthur Rudolph
A Operação Paperclip acabou recrutando Arthur Rudolph em 1947, fazendo com que ele fosse levado para os Estados Unidos. Depois de sua transferência, a sua relação com os crimes de guerra foram omitidas de todos os relatórios oficiais, mas isso não durou muito. Dois anos depois alguns documentos confirmando a participação de Arthur Rudolph em atividades ilícitas foram liberados pelas autoridades aliadas.
E, desta vez, mesmo com sua grande ajuda para o desenvolvimento do projeto Apollo da NASA, em 1961, ele acabou sendo julgado pelo Departamento de Justiça em 1984. E, para não cumprir pena por seus crimes, Arthur Rudolph acabou desistindo da sua cidadania americana e abandonando o país.
5 - Dieter Grau
Durante a guerra, antes de ser enviado para os Estados Unidos por meio da Operação Paperclip, Dieter trabalhou em Mittelwerk - fábrica de foguetes subterrânea que usava trabalho escravo. Ele era responsável por supervisionar o trabalho e encontrar possíveis sabotagens, fazendo com que aqueles que fossem identificados fazendo isso fossem condenados, podendo até mesmo serem enforcados em público.
Quando a guerra acabou e ele foi escolhido para a Operação Paperclip, indo para os Estados Unidos, ele se tornou diretor de qualidade em diversos projetos de foguetes, sendo um deles o foguete Saturno V.
6 - Kurt Debus
Kurt Debus trabalhou para o Hitler como diretor de testes de voo durante a produção do foguete V-2. Um projeto que ficou conhecido por suas atrocidades e que, ainda assim, Kurt Debus acabou saindo impune delas devido sua ligação postérios com o governo dos Estados Unidos. Sua isenção se tornou possível depois que ele atuou como diretor do Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida, entre os anos 1962 e 1974.
Dentre as suas realizações estão 13 foguetes Saturn V enviados para o espaço, sendo que um deles foi o foguete responsável por enviar os astronautas da Apollo 11 para a Lua.
7 - Wernher von Braun
Wernher von Braun pode ser facilmente relacionado a um líder nato. Quando tinha apenas 25 anos ele já era responsável por uma equipe de 400 pessoas e em apenas 5 anos ela já tinha aumentado para 5.000 integrantes. E, durante a guerra, Wernher acabou tendo uma participação considerável com os feitos nazistas ao visitar a fábrica mantida por escravos, em Mittelwerk, cerca de 12 vezes, mas negou a todo custo a sua posição durante o período.
Ele foi de grande importância para a construção do foguete V-2 e liderou inúmeros projetos junto com o governo dos Estados Unidos. Sendo que, durante sua liderança, ele acabou trabalhando com as duas pessoas mencionadas nos tópicos anteriores, Kurt Debus e Dieter Grau.
Ainda que todos eles tenham cometido crimes de guerra durante a sua atuação com os nazistas, o seu contato com o governo dos Estados Unidos fez com que eles não fossem julgados por tal. Fato que pode ser perturbador para muitas pessoas, independente da contribuição científica que estes tenham exercido durante a sua cooperação com os americanos. A história desses cientistas nazistas abre muitas questões polêmicas e, por isso, gostaríamos de saber a sua opinião a respeito. O que acharam? As suas contribuições compensaram por seus crimes?
Fonte: fatosdesconhecidos
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