EUA usam países caribenhos para planejar suas operações contra Venezuela
Os Estados Unidos utilizam os
territórios de alguns países caribenhos para planejar suas operações
militares contra o governo da Venezuela, denunciou a chancelaria
venezuelana.
"A República Bolivariana da Venezuela manifesta a sua inquietude
frente a sinais sólidos que indicam a utilização por parte dos Estados
Unidos dos territórios de alguns países caribenhos como plataformas para
o planejamento e organização de operações de caráter ilegal e
terrorista", diz o comunicado.
A nota indica que essas operações fazem parte da estratégia dos EUA
destinada a "provocar a derrubada do governo legítimo e a imposição de
um governo marionete através de um esquema de intervenção direta na
Venezuela".
Caracas advertiu os governos da Dominica, Porto Rico e outros países
insulares do Caribe sobre a "utilização, sem consulta, dos seus
territórios para o lançamento destas condenáveis ações de força".
"Este alerta está sendo emitido com o mais absoluto sentido de
responsabilidade e solidariedade, na esperança de que sirva para ativar
nos povos desses países a resposta digna que a região espera deles, da
confiança na importância que os povos desses países dão aos valores da
democracia, autodeterminação e não intervenção", sublinha a chancelaria
venezuelana.
O Ministério das Relações Exteriores da
Venezuela recordou que, no fim de janeiro de 2014, durante a segunda
cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos em
Havana, a América Latina e o Caribe foram proclamados como zona de paz.
A crise política na Venezuela se agravou no final de janeiro, depois
que o líder da oposição do país, Juan Guaidó, se autodeclarou presidente
interino, considerando a reeleição de Maduro no ano passado como
ilegítima.
Guaidó foi reconhecido pelos Estados Unidos, seguido por vários
países da Europa e América Latina, entre eles, o Brasil. A Rússia,
China, México, Turquia e Uruguai estão entre os que manifestaram seu
apoio a Maduro como o presidente legitimamente eleito do país.
Fonte: brasil247
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