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Homem é baleado no pescoço em acampamento pró-Lula de Curitiba

Jeferson Menezes está na UTI do Hospital do Trabalhador. A outra vítima não se feriu gravemente. O atirador estava a pé e não foi preso

Um dos militantes do movimento Lula Livre, que estão acampados em Curitiba (PR), foi baleado na madrugada deste sábado (28/4). Atingido no pescoço, Jeferson Lima de Menezes está internado na Unidade de Terapia (UTI) do Hospital do Trabalhador. O estado de saúde dele é considerado instável.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), o atirador estava a pé e fez diversos disparos contra os ativistas. Uma mulher também foi atingida por estilhaços de bala, mas não se feriu gravemente. Cápsulas calibre .9mm foram recolhidas no local para perícia. A polícia não prendeu ninguém até o momento.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, trata o caso como um atentado. “Muito grave o atentado nesta madrugada ao acampamento da vigília democrática de solidariedade ao Lula. Companheiro Jeferson, de São Paulo, baleado no pescoço corre risco de morte. Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança”, escreveu ela no Twitter.

A deputada Erika Kokay (DF) também se manifestou sobre o caso nas redes sociais. “O acampamento #LulaLivre em Curitiba foi vítima de um ataque fascista a tiros nesta madrugada. Uma pessoa está gravemente ferida. Em protesto, acampados fecharam uma rua da capital paranaense. Não vão nos calar e intimidar. Lula é um preso político!”.

A deputada Maria do Rosário (PT/RS) disse que o crime foi cometido por milicianos. “Grupos paramilitares e milícias atuam no Brasil! É a mesma direita que atentou contra caravana de @LulapeloBrasil. Até agora há há resposta: quem matou Marielle?”







O PT informa que mais de 20 tiros foram efetuados contra os militantes, que fazem uma vigília em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “As pessoas que atacaram esse acampamento passaram várias vezes na frente gritando de forma contrária [ao PT]. A situação de intolerância e violência no país está muito grave, não podemos aceitar isso”, disse a senadora Gleisi Hoffmann, em um vídeo publicado na página de Lula no Facebook.

A pré-candidata do PCdoB à Presidência, Manuela D’Ávila, acredita que o episódio é “consequência do ódio semeado nas redes e da total ausência de esclarecimento sobre o episódio similar com a caravana de Lula”. Ela também fez críticas a outro pré-candidato, Jair Bolsonaro (PSL), que simulou tiros contra um boneco do ex-presidente, preso e condenado pela Operação Lava Jato.

Depois do episódio, a Avenida Mascarenha de Morais, no bairro Santa Cândida, foi fechada por manifestantes. Eles atearam fogo em pneus, mas a via já foi liberada. O ex-presidente Lula está preso desde o dia 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal da cidade, onde cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Desde que foi preso, um assentamento de apoio ao petista ocupa um terreno e pede a liberdade de Lula.

Fonte: metropoles

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