É isso o que acontece com nosso cérebro quando mentimos
Se você disser que nunca mentiu na vida, com certeza, estará mentindo. Isso porque a mentira faz parte do ser humano e revela não só uma capacidade criativa tremenda, mas também como podemos nos adaptar e inventar em situações que podem nos proporcionar algum tipo de ganho ou nos livrar de alguma enrascada.
Mas, afinal, você já parou para pensar no que acontece em nosso cérebro quando mentimos? Será que é possível detectar mudanças em nossas emoções e pensamentos quando mentimos?
A resposta para isso, claro, é positiva. Como você já deve ter visto nos filmes (ou mesmo na vida real, dependendo da sua “intimidade” com a justiça) existem detectores de mentiras que alertam, por meio do aceleramento de nossas emoções, quando estamos falando a verdade ou contando uma mentira.
Quando mentimos muito, mentimos mais ainda
Um estudo recente, desenvolvido pela University College London, do Reino Unido, mostrou que quando mentimos não são apenas nossos batimentos cardíacos que saem do ritmo. Segundo os estudiosos, contar mentiras pequenas dessensibiliza o cérebro para emoções negativas, o que, com o tempo, acaba nos encorajando a mentir mais e mais.Conforme os estudiosos, a primeira comprovação de que mentiras para nos beneficiar podem aumentar gradualmente e que a sensação negativa em nosso cérebro reduz foi quando eles mapearam as ondas cerebrais de 80 voluntários. Essas pessoas estavam executando tarefas em que podiam mentir para tirar vantagens.
Amígdala e as mentiras
O que foi observado é que a amígdala, parte de nosso cérebro associada à emoção, fica mais ativa quando mentimos. No entanto, à medida que a magnitude da mentira cresce, a reação da amígdala diminuiu, quase como se acreditássemos na inverdade que estamos dizendo.Para o estudo, por exemplo, os voluntários foram convidados a adivinhar a quantidade de moedas de 1 centavo que havia dentro de um frasco. Depois disso, eles precisavam enviar o que achavam para parceiros desconhecidos usando um computador.
Embora essa análise tenha ocorrido em vários cenários diferentes, em todos eles os participantes foram informados que quanto mais próximo do número real fossem seus chutes, mais beneficiados eles seriam e que quanto mais o número intuído por eles fossem muito acima ou muito abaixo do resultado, mais seus parceiros seriam beneficiados.
Quanto mais mentiras, menos remorso
O que eles observaram é que quando mentimos muito, nosso cérebro reproduz respostas automáticas sobre atos não verdadeiros, reduzindo também nossas respostas emocionais a eles. Segundo eles, apesar desse “reajustamento” de respostas, eles defendem que nossa amígdala sinaliza aversão aos atos que consideramos errados ou imorais.Ainda conforme os cientistas, nesse primeiro momento eles só testaram os efeitos da desonestidade em nosso cérebro. No entanto, outros estudos precisam ser feitos com relação ao assunto, especialmente com relação a escalonamento em outras ações, como a tomada de riscos ou o comportamento violento, por exemplo.
Fonte: Segredosdomundo
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